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Textos sobre Agricultura madeirense no Diário de Notícias da Madeira (1.ª série, quinzenal - de 9.9.2007 a 13.6.2010; 2.ª série, mensal, de 30.1.2011 a 29.1.2017; 3.ª série, mensal de 26.2.2017 a ...)
Este texto foi publicado no dia 9 de Novembro de 2008, na revista "Mais" do Diário de Notícias. A "Madeira Agrícola" é uma iniciativa conjunta da Associação Santana Cidade Solidária e da Associação de Jovens Agricultores da Madeira e do Porto Santo, no âmbito do programa comunitário Interreg IIIB, Madeira, Açores e Canárias. Conta também com o apoio da Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais através da Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural. Os objectivos deste projecto passam, por ajudar o agricultor de pequena dimensão, a escoar as suas produções ao melhor preço de mercado, fomentar a diversidade agrícola para ir de encontro às necessidades das grandes superfícies da Região e do consumidor e, ser pago no próprio dia em que vende os seus produtos agrícolas. Potenciar a produção agro-pecuária regional, incentivar a criação de empresas ligadas ao sector, promover as boas práticas agrícolas e regular as produções agrícolas para proveito do agricultor, são outras das metas a alcançar. É sabido que a nossa agricultura, grosso modo, é de origem familiar, isto é, a mão-de-obra é o próprio proprietário e o seu agregado familiar e, os terrenos são de pequena dimensão e dispersos. Em suma, a "Madeira Agrícola" quer concentrar as pequenas produções agrícolas, para que tenha um volume de produção significativo, que justifique o interesse por parte do mercado, estabelecendo o elo entre a produção e a comercialização. Neste momento, a "Madeira Agrícola" tem na sua "carteira de clientes", 60 a 70 "pequenos" agricultores, que produzem essencialmente hortícolas. O apoio logístico de recolha, normalização e embalamento destes produtos, é realizado pelo Centro de Abastecimento Agrícola de Santana (CASAN), mais conhecido por "Mercado de Santana". Começou-se no concelho de Santana, mas a médio e longo prazo é pretensão dos promotores, expandi-la a toda a Região. Este projecto e outros semelhantes a este, que existem na Região, só terão sucesso, se todos nós, consumidores, comprarmos as nossas hortícolas, as frutas, as flores, o vinho, o mel-de-cana, o mel, a excelente doçaria, o pão, entre outros. É tempo de criar mais riqueza entre nós, porque ao adquirirmos produtos madeirenses, estamos a contribuir para o fortalecimento da economia regional, para o bem-estar e qualidade de vida de todos, que resulta num efeito multiplicador positivo, quer para o residente quer para o turista, que procura sempre na gastronomia local, na paisagem agrícola humanizada “aquilo que a terra (leia-se Madeira) dá”.
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