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Textos sobre Agricultura madeirense no Diário de Notícias da Madeira (1.ª série, quinzenal - de 9.9.2007 a 13.6.2010; 2.ª série, mensal, de 30.1.2011 a 29.1.2017; 3.ª série, mensal de 26.2.2017 a ...)
Este texto foi publicado no dia 26 de Julho de 2015, na revista "Mais" do Diário de Notícias.
Dos certames agrícolas realizados na Região, a Feira Agro-Pecuária do Porto Moniz, também conhecida como "Feira do Gado" ou simplesmente Feira, é o mais antigo, a par com a Exposição da Festa da Flor. Este ano alcançou-se a 60.ª edição, tendo sido a primeira organizada pela Secretaria Regional de Agricultura e Pescas através da Direcção Regional de Agricultura, de acordo com a orgânica e funcionamento do XII Governo Regional da Madeira empossado no pretérito dia 20 de Abril. Nos três dias deste evento que se realizam habitualmente no primeiro fim-de-semana de Julho, é possível visitar os pavilhões dos serviços oficiais, das empresas que comercializam os factores de produção agrícola e animal, e de equipamentos agrícolas, da indústria agro-alimentar, das associações dos agricultores e dos jovens agricultores representadas a nível institucional e por meio dos seus associados que apresentam e vendem as suas produções, entre outros. É um ponto de encontro entre agricultores, técnicos e agentes comerciais, que ali num espaço único podem acompanhar de perto as novidades do sector. Ao longo dos anos e porque o convívio é essencial para o fortalecimento deste tipo de mostras, o visitante dispõe de barraquinhas de comes e bebes no recinto da Feira Agro-Pecuária e em redor deste, onde pode saciar a fome e a sede num ambiente de arraial. De tudo o que se pode ver por lá, a charola e a zona de exposição de animais serão certamente as mais fotografadas e filmadas, pois causam admiração e regozijo junto das crianças e dos adultos. Tudo indica que nos próximos tempos e de uma forma faseada, o recinto e as estruturas que constituem a "Feira do Gado" serão renovadas, pois há muito tempo que as actuais instalações necessitam de uma intervenção profunda, no sentido de melhor acolher, quer os expositores oficiais e privados, quer sobretudo o visitante madeirense (residente e da diáspora) e o turista.
O Restaurante Pólo Norte (telefone: 291853322, com página no facebook) situado na Vila, freguesia e concelho do Porto Moniz, iniciou a sua actividade a 13 de Maio de 1986 por iniciativa dos pais dos actuais proprietários, os irmãos Sandra e Miguel Gouveia. No princípio, o nome desta casa era Apolo Norte mas com o tempo, os clientes habituaram-se mais ao nome de Pólo Norte e assim ficou até ao presente. De cariz familiar, a comida aqui servida mostra o melhor que aquela localidade nortenha tem. Para abrir o apetite, umas lapas grelhadas ou uma salada de frutos do mar. Depois, chegados ao prato principal um bodião grelhado ou um polvo à lagareiro, ou se preferir a carne, a espetada em pau de louro ou o bife à Pólo Norte com cogumelos, presunto e molho de natas com Vinho Madeira. No desfecho do repasto, uma tarte de banana ou o sempre fresco pudim de maracujá. Este restaurante faz questão de cultivar alguns dos produtos agrícolas que utiliza na sua cozinha. A alface, o tomate, o feijão maduro e a vaginha [regionalismo para feijão verde], a maçaroca, a abóbora tenra, as ervas aromáticas, entre outros, são produzidos em terrenos pertencentes à família Gouveia, sendo que compram a semilha [regionalismo para batata] e a cenoura aos seus vizinhos. O peixe é fresco e de origem regional e alguns como a garoupa e o bodião são até pescados localmente.
Em suma, o Pólo Norte do Porto Moniz faz aquilo que deve ser feito, usar os nossos produtos da terra e do mar para contribuir para o escoamento das produções locais e consequente dinamização comercial, e principalmente para satisfazer o residente e o turista que procuram os aromas e sabores de cá.
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