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Textos sobre Agricultura madeirense no Diário de Notícias da Madeira (1.ª série, quinzenal - de 9.9.2007 a 13.6.2010; 2.ª série, mensal, de 30.1.2011 a 29.1.2017; 3.ª série, mensal de 26.2.2017 a ...)
Este texto foi publicado no dia 30 de Novembro de 2014, na revista "Mais" do Diário de Notícias.
Na viagem agrícola-gastronómica que o "Agricultando" realiza mensalmente, o destino deste mês é o concelho de Machico. Segundo o Recenseamento Agrícola 2009 da Direcção Regional de Estatística, este município é o terceiro da Região com mais Superfície Agrícola Utilizada, cerca de 549 hectares distribuídos pelas cinco freguesias que o compõem. Em termos de culturas, tem de tudo um pouco, hortícolas, frutícolas, cana-de-açúcar e vinha. Na área da fruticultura e a título de curiosidade, é o primeiro na Madeira com mais área de macieira para a produção de sidra, à volta de 11 hectares, o que significa perto de um terço da superfície ocupada por este tipo de fruteira nos 11 concelhos. Contribui igualmente com quase um quinto da área regional de anoneira, 19 hectares, em pomares e em pés dispersos. No cultivo da cana sacarina, é o segundo da Região com maior superfície, aproximadamente 32 hectares, sendo que o principal município produtor desta cultura industrial é o da Ponta do Sol. Como se pode ver, Machico tem biodiversidade agrícola que em conjunto com os seus produtos do mar, como o atum, o gaiado, entre outros, podem ser apreciados pelo madeirense e pelo turista num dos restaurantes do concelho.
O Restaurante/Bar Muralha’s (telefone: 291961468, com página no facebook) localizado na Rua da Pedra d’ Eira, sítio da Banda da Silva, freguesia do Caniçal e concelho de Machico, abriu em Julho de 1988, por iniciativa do proprietário Mário Rui, que apesar do acesso difícil e das muitas críticas que teve na altura, sempre acreditou no seu sucesso, ficando agora o genro, Pedro Sousa a dar-lhe continuidade. No início, era um bar que servia alguns petiscos, mas com o decorrer do tempo e pela popularidade que alcançou, começou a servir refeições, à base de doses de peixe e marisco frescos, mantendo-se no entanto, um ambiente descontraído. Nas entradas, as lapas grelhadas ou as castanhetas acompanhadas pelo saboroso pão de batata doce, são as mais pedidas. Nos pratos principais, o bodião, a espada, os chicharros, o polvo, os picadinhos de espada ou de polvo, servidos com batata frita assada no forno (e não na fritadeira), marcam a diferença, pela sua qualidade e sabor. Com tanta escolha, dificilmente pensará na sobremesa, que neste caso até poderá ficar de fora. Tal como os peixes, as lapas e os caramujos, que são de origem local, os produtos agrícolas como a alface, o tomate, a cebola, a cenoura, o pimentão, a semilha [regionalismo para batata], a batata doce, a couve, entre outros, são regionais, pois são sempre os melhores ingredientes para ter na cozinha desta casa.
Numa expressão, à madeirense!
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