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Textos sobre Agricultura madeirense no Diário de Notícias da Madeira (1.ª série, quinzenal - de 9.9.2007 a 13.6.2010; 2.ª série, mensal, de 30.1.2011 a 29.1.2017; 3.ª série, mensal de 26.2.2017 a ...)
Este texto foi publicado no dia 31 de Agosto de 2014, na revista "Mais" do Diário de Notícias.
A pouco menos de um terço para o término do Verão, os dias decorrem com calor quanto baste e desde o início deste mês, com muito mais sol que anteriormente. Na Madeira, uma das zonas com mais horas de sol é o concelho da Ponta do Sol, sendo por de mais conhecido pelos seus verdejantes e produtivos bananais que se podem observar por exemplo, na freguesia da Madalena do Mar e no Lugar de Baixo. Segundo o Recenseamento Agrícola de 2009, no que respeita à cultura da bananeira, este município é o segundo com maior área na Região, liderado pelo Funchal e seguido por Câmara de Lobos. A assinalar a importância económica da banana naquela localidade do oeste, realiza-se anualmente em Julho, na Madalena do Mar, a Mostra Regional dedicada a este fruto, onde se expõem os melhores cachos e o visitante pode saboreá-lo em fresco ou através de derivados. O cultivo de cana-de-açúcar, hortícolas e flores, completa o mosaico agrícola deste concelho, valorizando a paisagem e aumentando os rendimentos obtidos pelos agricultores. A maioria desses produtos pode ser apreciada e saboreada à mesa dos restaurantes locais.
O Restaurante A Poita (telefone: 291972871), situado no Sítio dos Lombos (do lado direito para quem sobe, um pouco antes de entrar no túnel que dá acesso ao Arco da Calheta), freguesia da Madalena do Mar, concelho da Ponta do Sol, começou a actividade há mais de 30 anos, mais precisamente a 1 de Maio de 1984. Para os menos familiarizados com as expressões da pesca, a poita é uma pedra que segura o barco de pesca, servindo de âncora. Os seus proprietários, Maria Angelina e João "Poita" Fernandes, garantem respectivamente, o bar/café e a cozinha, ajudados pelos seus filhos no serviço à mesa. Num ambiente familiar, almoçar ou jantar no alpendre ou na esplanada, é a melhor opção nestes dias de canícula. Para início do repasto, pode petiscar uma dose de lapas grelhadas ou de caramujos antes de deliciar-se com uma caldeirada de peixe com uma combinação de duplas à base de cherne, pargo, bodião, entre outros peixes, com um arroz de marisco ou ainda com um peixe grelhado à sua escolha, acompanhado de batata cozida e uma refrescante salada. Dificilmente pedirá sobremesa porque as entradas e os pratos principais disponíveis, irão deixá-lo muito bem saciado. Os produtos do mar servidos nesta casa, são sempre frescos, de preferência locais, e os produtos agrícolas como a semilha [regionalismo para batata], a cebola, o tomate, a alface, são provenientes das freguesias vizinhas dos Canhas e do Arco da Calheta.
Aqui, a refeição é desfrutada com vagar, pois todas as iguarias e pratos são confeccionados no momento, pelo que a pressa por parte do comensal fica do lado de fora. A fazer jus ao nome do restaurante, apoite-se, pois então!
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