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Textos sobre Agricultura madeirense no Diário de Notícias da Madeira (1.ª série, quinzenal - de 9.9.2007 a 13.6.2010; 2.ª série, mensal, de 30.1.2011 a 29.1.2017; 3.ª série, mensal de 26.2.2017 a ...)
Este texto foi publicado no dia 25 de Maio de 2014, na revista "Mais" do Diário de Notícias.
Num território com a nossa dimensão, é importante ter presente que a agricultura e a paisagem humanizada que lhe está associada, só continuarão a existir, se da nossa parte houver uma certa atitude. E que atitude será essa? Ao comprarmos, comermos e desfrutarmos dos produtos agrícolas locais, estamos a criar riqueza entre nós. Se é verdade que por vezes, os nossos hortofrutícolas poderão ser um tanto ou quanto mais caros, também é constatável que a qualidade e frescura, têm um preço e por essa razão, merecem ser melhor remunerados a quem os cultivou. E quantas vezes, ao adquirirmos produtos importados de destinos longínquos, a preços baixos, acontece aquilo que o ditado popular diz que, “o barato sai caro”. Compra-se uma determinada quantidade acima do que precisamos, pois até o preço está em conta e vai daí, passados alguns dias, para nossa tristeza, deitamos ao lixo alguns desses produtos agrícolas, dado que estes foram colhidos antes do tempo ideal, "percorreram" milhares de quilómetros, nem sempre nas melhores condições de transporte e conservação frigorífica, ora sujeitos a temperaturas refrigeradas, ora depois colocados nos expositores de um supermercado, submetidos a duros testes de iluminação artificial intensa e de manuseamento incessante por parte dos consumidores apressados. Quase que aposto que isto que acabei de descrever, é-lhe familiar, não é verdade? Cabe pois a cada um de nós, abastecer-se preferencialmente das nossas verduras e frutas que necessita, num mercado, mini mercado ou mercearia, porque ao fazê-lo, não só está a cuidar melhor da sua alimentação, como também da economia da Região. E esta recomendação serve igualmente para o responsável pelas comidas e bebidas e o chefe de cozinha das unidades hoteleiras, bem como para o empresário da restauração.
O Restaurante/Petisqueira Tasca Portuguesa (telefone: 291763875, com página na internet), situado na Rua Vale da Ajuda, número 45, Edifício Forum Plaza, freguesia de São Martinho, concelho do Funchal, segue o conselho referido no parágrafo anterior. Pela manhã, depois do pequeno-almoço, Edgar Jardim, proprietário deste Restaurante desde Agosto de 2001 e com grande experiência na área da restauração e da gastronomia portuguesa há 35 anos, vai às compras e dá primazia aos hortofrutícolas, peixe e carne de origem regional, assim como aos produtos transformados nacionais de excelência, os queijos e os enchidos. Como os petiscos são muito apreciados pelos portugueses, esta casa tem nas pataniscas de bacalhau, na espada de vinha d’ alhos e nas iscas de fígado, os mais populares, entre outras opções. Para quem prefere uma refeição de garfo e faca, pode começar com um crepe de cogumelos à portuguesa ou uma salada tropical com salmão fumado, continuando nos pratos principais, com um filete de bodião com arroz de lapas ou um bife folhado recheado com queijo de Azeitão e terminando com um sublime pudim de Abade de Priscos. Uma menção para a Chefe de Cozinha, Odília Raposo, que combina os produtos de cá e de lá com o seu saber-fazer açoriano.
Como vê, é uma Tasca Portuguesa, com certeza!
Foto: Direitos Reservados
A convite do Grupo de Professores de Português representado pela Prof.ª Catarina Correia e do Director da Escola dos 2.º e 3.º Ciclos de São Jorge - Cardeal D. Teodósio de Gouveia, Prof. Dinis Mendonça, estive hoje à tarde naquele estabelecimento de ensino para falar do livro "Agricultando...".
Trata-se da Semana da Escola dedicada à "Agricultura: Um olhar sobre a nossa terra", que decorre de 12 a 17 de Maio de 2014.
Foto: Direitos Reservados
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