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Sol, mar e terra boa!

por Agricultando, em 28.07.13

Este texto foi publicado no dia 28 de Julho de 2013, na revista "Mais" do Diário de Notícias.

No Verão e de acordo com o ciclo cultural agrícola, é altura do figo, do tabaibo, da melancia do Porto Santo e das uvas que começam a amadurecer nos "corredores" (regionalismo para latadas) e nas espaldeiras. A costa norte da Madeira, também conhecida por "Costa da Laurissilva", além da vertente florestal que é património mundial natural classificado pela UNESCO, tem igualmente uma forte componente agrícola, nomeadamente hortícola e vitícola. O concelho do Porto Moniz e a freguesia do Seixal espelham bem essa biodiversidade e diversidade paisagística que conjugada com o saber-fazer do Agricultor, tornam apetecível desfrutá-la, merecendo por isso a sua visita. Da beira-mar à serra, encontra-se em cada metro quadrado, o cuidado em aproveitar da melhor forma e durante o ano, o terreno destinado ao cultivo agrícola. E alguns seixalenses pelo facto de disporem de parcelas em diferentes localizações e altitudes, permitem-lhes ter um conjunto de hortofrutícolas em várias épocas do ano, para consumo próprio e venda local (em especial, junto dos restaurantes) e regional, aumentando assim os seus rendimentos. O Restaurante e Residencial SolMar (telefone 291854854; http://www.residencialsolmar.com.pt), localizado no sítio da Ponte, freguesia do Seixal, concelho do Porto Moniz, propriedade de Beatriz e Emídio Andrade abriu a 5 de Julho de 1996. O nome deste estabelecimento é igual ao de outro negócio que este casal teve outrora na Venezuela. Desde então, que a aposta nos produtos agrícolas, no peixe, nas lapas e caramujos servidos nesta casa, são do Seixal e por isso, fresquíssimos. Possuem vários terrenos numa área total estimada em 5.000 metros quadrados e cultivam um pouco de tudo como por exemplo, alface, abóbora, acelga, alho francês, couve, espinafre, vaginha (regionalismo para feijão verde), semilha (algumas vezes por ano) entre outras verduras, macieiras e vinha. Quando não têm produção própria, compram a outros agricultores da localidade ou regionais. Das entradas que estão à sua disposição, constata logo essa qualidade numa dose de lapas grelhadas com sumo de limão já espremido, num polvo de escabeche ou guisado. De entre os peixes do dia, uma garoupa, bodião, truta do Seixal, grelhada ou frita, guarnecida com arroz de lapas ou com batata frita feita a partir de semilha do Chão da Ribeira, é algo que vai ficar-lhe na memória por muito tempo. Para os apreciadores de carne, a espetada regional em espeto de louro ou uma costeleta de vaca, por certo irão de encontro às suas expectativas. No culminar de uma refeição requintada, um tentador pudim de abóbora ou uma refrescante fatia de cheesecake de amora silvestre caseiros. A acompanhar estes pratos e para ficar completa, poderá escolher os vinhos de mesa madeirenses Terras do Avô ou Seiçal daquela freguesia nortenha. Aqui está mais um caso, onde se evidencia que a ligação directa entre os produtos da terra e do mar locais com a nossa gastronomia, são a base para o sucesso do sector da hotelaria e restauração da Região.

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