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Textos sobre Agricultura madeirense no Diário de Notícias da Madeira (1.ª série, quinzenal - de 9.9.2007 a 13.6.2010; 2.ª série, mensal, de 30.1.2011 a 29.1.2017; 3.ª série, mensal de 26.2.2017 a ...)
Este texto foi publicado no dia 27 de Janeiro de 2013, na revista "Mais" do Diário de Notícias. A segunda série do "Agricultando" alcança este mês, dois anos de textos sobre agricultura e gastronomia regionais. Foi em Janeiro de 2011, que retomei a minha colaboração na revista Mais, pois esta rubrica surgiu aqui pela primeira vez em Setembro de 2007 e prolongou-se até Junho de 2010. Se antes eram os produtos agrícolas, as suas localidades mais representativas, os derivados e a indústria agro-alimentar e os usos e costumes a estes associados, que eram salientados quinzenalmente, agora no último domingo de cada mês, a agricultura aparece ligada à restauração da Região, aquela que aposta nos nossos produtos agrícolas, pois nestes residem uma frescura e uma qualidade inigualáveis. Além da paisagem agrícola diversa que delicia o forasteiro e o residente, importa continuar esse prazer nos momentos que se passam à mesa, partilhando aromas, cores e sabores distintos, alguns deles nunca antes vividos. É nisto que se deve apostar, pois a hotelaria e restauração devem estimular a produção agrícola regional, criando riqueza e fortalecendo a economia local, oferecendo ao turista algo diferente e inesquecível. O Restaurante Solar do Piano (contactos telefónicos: 291774571/964798375, com página no facebook), está localizado na Estrada Monumental, números 341/343, no Funchal e abriu em meados de 2008 pelas mãos da sua proprietária, Beatriz Costa. O nome do restaurante foi inspirado pelo velho piano que está à entrada, sendo igualmente de fácil memorização. É uma casa transformada em restaurante e isso proporciona logo um ambiente familiar, informal, a quem o visita. Nas entradas, uma "bruschetta" que consiste em pão torrado com tomate e azeite, é o pedido mais popular. Nestes dias de inverno, uma sopa de peixe ou uma sopa de tomate e cebola com ovo, serão uma boa maneira de aquecer-se. Como pratos de peixe, a espada à girassol, um polvo ou bacalhau à lagareiro servido com batata a murro, ou se preferir a carne, um bife gratinado à moda do Solar com tomate, bacon e queijo, um peito de pato recheado com frutos silvestres. Nas sobremesas caseiras, um pudim à base de iogurte ou uma fatia de bolo judeu completará da melhor forma a sua refeição. À sexta-feira e ao sábado depois do jantar, pode deixar-se ficar no bar, experimentando as bebidas tradicionais e apreciando música ao vivo, que acontece naquele espaço com alguma regularidade. Junto ao restaurante, existe uma horta, onde se cultivam as ervas aromáticas como a salsa, a segurelha, a segurelha limão, os coentros, o manjericão, o funcho, três tipos de hortelã e hortícolas como a alface, a rúcula, a cebola, a cenoura, o nabo, a couve, entre outras. A semilha (ou batata) utilizada na cozinha do Solar do Piano, sempre que possível, é da Serra d’Água. O peixe fresco é comprado no Mercado dos Lavradores e a carne é de preferência, de origem regional. Em resumo, a frescura dos nossos produtos agrícolas e animais, bem como das ervas aromáticas, é o garante do êxito dos pratos ali servidos.
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