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Textos sobre Agricultura madeirense no Diário de Notícias da Madeira (1.ª série, quinzenal - de 9.9.2007 a 13.6.2010; 2.ª série, mensal, de 30.1.2011 a 29.1.2017; 3.ª série, mensal de 26.2.2017 a ...)
Este texto foi publicado no dia 29 de Abril de 2012, na revista "Mais" do Diário de Notícias. Numa altura em que os preços dos combustíveis atingem valores nunca antes vistos, torna-se cada vez mais difícil transportar mercadorias de paragens distantes, nomeadamente hortofrutícolas. Esta dificuldade existente à escala global, transforma-se em oportunidade de negócio local, se tivermos em linha de conta que os nossos produtos agrícolas não precisam de percorrer grandes distâncias e que por essa razão são competitivos, quer em preço, quer sobretudo pela sua imbatível qualidade e frescura, quando comparada com os importados, para além de ter menos impacto ambiental. Acresce recordar, que a economia regional beneficia deste consumo de produtos locais, uma vez que a receita gerada tem repercussão imediata, já que desde o agricultor ao comerciante e igualmente o consumidor, beneficiam dessa proximidade. Aliás, não foi assim há tanto tempo, que as mercearias, vulgarmente conhecidas como vendas, que existiam um pouco por toda a Região e em maior número no Funchal, eram os fornecedores principais de tudo aquilo que se consumia nas nossas casas, com ênfase para o comércio das verduras e frutas. Hoje em dia, as vendas estão na moda, embora adaptadas a outros fins, como bares ou restaurantes. O Restaurante Venda da Donna Maria (telefone: 291621225, com página no facebook), localizado na Rua de Santa Maria, porta 51, no Funchal, é um desses exemplos. Outrora mercearia pertença da D. Maria, daí a origem do nome deste estabelecimento, Ricardo Arraiol, o actual proprietário preservou o mobiliário da venda e transformou-a em restaurante, tendo-se iniciado a sua actividade em 27 de Setembro de 2010. Ao entrarmos neste espaço, é como se fizéssemos uma viagem no tempo, pois os armários, o balcão, as mesas, as cadeiras e os objectos a este associados, estão tal e qual como os conhecíamos há 20 ou 30 anos. A ementa e a carta dos vinhos desta casa, lembram os cadernos do rol, esse primórdio das vendas a crédito e é curioso constatar, que a expressão "prato do dia" aqui tem a designação bem madeirense de "comer do dia". O menu apresenta um vasto leque de pratos da gastronomia regional com um cunho contemporâneo, mas respeitador das receitas antigas. A entrada de lentilhas com linguiça, que dispõe bem o comensal, prepara-o para pratos de carne como a costeleta de borrego à Sr. Agostinho ou o bife à Donna Maria, acompanhados com verduras e batata frita caseira, ou optando por um prato de peixe, a serenata de peixe, um misto de bife de atum, peixe espada-preto e lírio, guarnecido com legumes e batata cozida. A concluir a refeição, um caseiro doce d’avó à base de bolacha ou um refrescante pudim de maracujá. Na base destas iguarias, estão os nossos hortofrutícolas fornecidos por uma frutaria, assim como o peixe e o marisco frescos, provenientes da vizinha praça de peixe do Mercado dos Lavradores. Caro leitor, visite ou revisite a Zona Velha do Funchal, aprecie o notável trabalho artístico das portas pintadas e regresse ao passado, almoçando ou jantando nesta simpática venda.
No dia 7 de Abril de 2011, apresentei o livro "Agricultando..." no Restaurante Irene Jardim da minha amiga Irene Jardim. Foi uma noite mágica entre amigos de sempre e novas amizades! Que belo momento!
Revista Mais do Diário de Notícias da Madeira de 24 de Abril de 2011
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