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Textos sobre Agricultura madeirense no Diário de Notícias da Madeira (1.ª série, quinzenal - de 9.9.2007 a 13.6.2010; 2.ª série, mensal, de 30.1.2011 a 29.1.2017; 3.ª série, mensal de 26.2.2017 a ...)
Este texto foi publicado no dia 26 de Fevereiro de 2012, na revista "Mais" do Diário de Notícias. O concelho de Câmara de Lobos sob o ponto de vista agrícola é rico e diversificado. Nas zonas de baixa altitude predomina a banana, enquanto que na encosta e nas montanhas, sobressaem respectivamente a vinha e algumas hortícolas, bem como as fruteiras de clima temperado. A freguesia do Estreito de Câmara de Lobos desde sempre e até aos dias de hoje, caracteriza-se por uma das áreas nobres de vinha da nossa Região, onde se cultivam as uvas que dão origem ao Vinho Madeira e mais recentemente ao Vinho de Mesa Madeirense. Um exemplo disto, é a Quinta da Casa da Vinha, que se localiza no Sítio do Pico dos Salões e pertence ao Engenheiro Jorge António Rodrigues Araújo. Com uma área de 20.000 m2, ali cultiva-se a casta Verdelho no modo de produção biológico, que resultou no Vinho de Mesa Madeirense "Casa da Vinha" (actualmente "Primeira Paixão") premiado em 2004 na "2.ª Mostra de Vinhos das Terras Madeirenses", como vinho branco favorito. Em Abril de 2003, o proprietário da Quinta resolveu reconverter a casa da família em restaurante. O Restaurante Casa da Vinha (telefone: 291945305, com página no facebook), situado na Rua dos Lavradores, n.º 4, freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, desde Julho de 2010 que é gerido pelo Senhor Mário Jorge dos Santos Cardoso, natural do Porto. Antigo quadro da EDP durante 30 anos, decidiu vir para a Madeira há quatro anos, quando surgiu esta oportunidade de concretizar um dos seus sonhos, ter um restaurante de gastronomia tradicional portuguesa. O menu deste restaurante percorre as regiões do continente e das ilhas. O pão acompanhado com azeite temperado é servido no início da refeição. A entrada mais popular é uma criação da casa, alheira em cama de grelos (couve nabo). Como especialidades de referência temos a posta à moda de Miranda e os rojões à moda do Minho. Nos pratos de peixe e marisco, arroz de tamboril com marisco, pataniscas de bacalhau e filetes de polvo com arroz dos mesmos. Chegado o momento da sobremesa, pode deliciar-se com um leite creme torrado, uma sericaia, um pão de ló de Ovar, um queijo da serra ou fruta da estação. Para a confecção destas e outras iguarias preparadas pelo próprio Senhor Mário Jorge, esta casa faz questão de usar sempre os nossos produtos agrícolas que se distinguem pela sua qualidade e frescura, assim como as carnes que são igualmente de origem regional. As ervas aromáticas ali utilizadas são colhidas na própria Quinta. Em suma, caro leitor, trata-se de um espaço hospitaleiro com uma vista fantástica, onde “quem entra nesta casa, entra na sua casa”.
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