Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Textos sobre Agricultura madeirense no Diário de Notícias da Madeira (1.ª série, quinzenal - de 9.9.2007 a 13.6.2010; 2.ª série, mensal, de 30.1.2011 a 29.1.2017; 3.ª série, mensal de 26.2.2017 a ...)
Este texto foi publicado no dia 25 de Setembro de 2011, na revista "Mais" do Diário de Notícias. Setembro é o mês tradicional das vindimas, onde se colhem os cachos de uvas que foram crescendo nos últimos meses. O concelho de Câmara de Lobos com condições climatéricas excepcionais para a cultura da vinha, é uma das zonas produtoras de excelência de Vinho Madeira e mais recentemente, mas em menor escala, também de Vinho de Mesa Madeirense. É majestoso ver as encostas de vinhedos de Câmara de Lobos e do Estreito de Câmara de Lobos que ao longo do ciclo cultural adquirem diferentes tonalidades. No Inverno, a vinha "em pau", onde tudo (re)começa, depois na Primavera, a explosão de rebentos reflectidos num verde "tenro", passando pelo Verão caracterizado pelo verde escuro das folhas e o roxo dos cachos até ao Outono, em que as folhas tomam uma coloração castanho-amarelada. Além do enriquecimento paisagístico que este cultivo proporciona ao forasteiro e ao residente, importa sublinhar que dele dependem centenas de Viticultores que no decorrer do ano, trabalharam para que nesta época, possam receber os proveitos do seu nobre ofício. A poda é uma das práticas culturais essenciais à vinha. Da mesma, retiram-se as vides inúteis que depois podem ser utilizadas para fazer um óptimo braseiro. O Restaurante As Vides (telefone: 291945322), localizado no sítio da Igreja, freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, iniciou a sua actividade em 1950. Francisco da Silva Freitas, pai dos actuais proprietários, Gregório e Alberto Freitas, foi o primeiro a trazer a espetada dos arraiais para a restauração. No princípio, de uma forma mais improvisada, era habitual durante as festividades e a horas tardias, as pessoas baterem à porta do Senhor Francisquinho da Silva para que fizesse uma espetada. E foi assim que surgiu “a mais antiga e tradicional casa de espetada da Madeira”. Além da saborosa espetada, são servidos o bolo do caco ali confeccionado, o milho frito, as originais batatas fritas com alho e orégãos e uma colorida salada. Em alternativa à carne de vaca, pode escolher-se o frango no espeto. A terminar a refeição, não há quem resista ao delicioso pudim de maracujá. Desde sempre que este restaurante utiliza preferencialmente produtos agrícolas de origem local e quando tal não é possível, compra hortofrutícolas regionais, porque as iguarias ganham outro sabor e qualidade. Aqui está mais um bom exemplo que a restauração beneficia sempre, quando consome os produtos da Região, pois só assim estará a garantir a genuinidade da gastronomia madeirense.
Hoje, este blogue alcançou as 30.000 visitas, a pouco mais de cinco semanas do 4.º aniversário deste espaço dedicado à Agricultura madeirense. Em 26 de Dezembro de 2009, atingiu-se as primeiras 10.000 e a 16 de Dezembro de 2010, a segunda dezena de milhar de visitas.
Um agradecimento a todos os internautas que visitaram o blogue e aos leitores da rubrica "Agricultando" na revista Mais do Diário de Notícias da Madeira.
Bem-hajam!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.