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A tangerina

por Agricultando, em 21.12.08

Este texto foi publicado no dia 21 de Dezembro de 2008, na revista "Mais" do Diário de Notícias. Neste mundo globalizado, onde estamos inseridos, é cada vez mais importante sublinhar que, devemos consumir os nossos frutos de determinada época do ano ou estação, pois estes apresentam uma frescura, um sabor e uma qualidade insuperáveis que devem ser desfrutados para benefício da nossa saúde. Aqueles frutos importados que foram apanhados muito cedo, por virem de países distantes não têm a mesma frescura, sabor e qualidade, ficando muitas vezes só pelo bom aspecto visual, o que sabe sempre a pouco. Um dos frutos desta época natalícia é a tangerina. O seu aroma inconfundível e o seu sabor muito agradável fazem parte da Festa. Além disso, é habitual colocar-se tangerinas na lapinha, juntamente com outros frutos da estação como castanhas, nozes, maçãs, entre outros. Outra forma de apreciar a tangerina é através do seu licor, que é muito usado no Natal madeirense, como já foi mencionado no “agricultando” anterior. A origem deste citrino é chinesa. Segundo o "Elucidário Madeirense" do Pe. Fernando Augusto da Silva e Carlos Azevedo de Meneses, a tangerineira no passado era cultivada em muitos jardins do Funchal. Nos nossos dias, esta fruteira é cultivada em toda a Região, destacando-se os concelhos de Santa Cruz, Ribeira Brava, Câmara de Lobos e Funchal. Esta espécie encontra as condições ideais de cultivo até aos 350 e 100 metros de altitude, nas costas sul e norte, respectivamente. A variedade mais apreciada é a "Setubalense", designada entre nós, também por tangerina do Natal ou da Festa. Os seus frutos são pequenos a médios, muito doces e mesmo com a casca de cor amarelo-esverdeada está pronta a comer. A época de colheita decorre de Dezembro a Fevereiro. As pragas que afectam esta cultura são a mineira dos rebentos dos citrinos, a psila dos citrinos, os ácaros, os afídeos e as cochonilhas, enquanto que as doenças mais frequentes são a fumagina ou "ferrugem" como é vulgarmente conhecida, o míldio e a gomose ou cancro. Ultimamente, muitas tangerinas vendidas no mercado regional, apesar de se apresentarem com as folhas junto ao fruto, como é típico da tangerina madeirense, não são de cá. Dessa forma, faz-se jus ao ditado de vender "gato por lebre". Mesmo assim, ao cheirarmos esses frutos que vêm do exterior, constatamos logo que, não têm a intensidade de "perfume" que a nossa tangerina tem. E os preços de venda do fruto importado e do regional são diferentes, isto é, a que vem de fora é mais barata que a regional, porque a qualidade tem o seu preço. Bom, resta-me desejar a si, amigo leitor do "agricultando", um feliz Natal e um 2009 cheio de realizações pessoais e de excelentes produções agrícolas!

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publicado às 18:10


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