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Textos sobre Agricultura madeirense no Diário de Notícias da Madeira (1.ª série, quinzenal - de 9.9.2007 a 13.6.2010; 2.ª série, mensal, de 30.1.2011 a 29.1.2017; 3.ª série, mensal de 26.2.2017 a ...)
Este texto foi publicado no dia 27 de Abril de 2008, na revista "Mais" do Diário de Notícias. De 9 a 11 de Maio, realiza-se a VII Exposição Regional do Limão, na freguesia da Ilha, concelho de Santana. Organizada pela Junta de Freguesia e Casa do Povo locais e com o apoio da Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, Câmara Municipal de Santana, entre outras entidades, a mesma tem como objectivos, promover o limão regional, reconhecer o trabalho dos produtores e tornar a localidade mais conhecida. Nesses três dias recheados com diversas actividades, os agricultores concorrem com os melhores exemplares de limão e a zona de exposição transforma-se num magnífico "manto" verde-amarelo. É possível comprar limão e os seus derivados. A Casa do Povo da Ilha criou a empresa social "Ao Seu Lar" em meados de Junho do ano passado e esta produz concentrado, licor e "ponchilha" (poncha da Ilha). O limão é originário do Sudeste Asiático e "As Saudades da Terra" de Gaspar Frutuoso, obra escrita no final do século XVI, menciona que nessa época, já havia limoeiros na Madeira. Actualmente, o concelho de Santana representa 75 por cento da produção regional, embora esteja presente um pouco por toda a Região. As variedades com maior procura são o "Galego" e o "Eureka". A época de colheita decorre ao longo do ano, concentrando-se a maior quantidade nos meses de Novembro a Maio. As principais pragas são a psila dos citrinos, a mineira dos rebentos dos citrinos, os afídeos, os ácaros e as cochonilhas. A fumagina ou "ferrugem" e a gomose ou cancro, são as doenças que afectam esta fruteira. Este citrino é muito usado nas nossas casas, quer na culinária, quer na medicina popular. Por isso, quando comprar limões, dê preferência à produção regional, pois assim estará a contribuir para o rendimento de muitas famílias madeirenses.
Este texto foi publicado no dia 13 de Abril de 2008, na revista "Mais" do Diário de Notícias. Esta leguminosa é proveniente da América do Sul, mas encontrou na Madeira, condições excelentes para o seu cultivo. Não se sabe quando é que foi introduzido nesta Região, porém há quem defenda que o mesmo foi trazido do continente para aqui durante o século XVII. O feijoeiro pode ser "de vara" ou "de trepar" e "rasteiro" ou "de vassoura", consoante o seu porte. É cultivado em consociação com o milho ou a couve ou com a vinha. Os principais concelhos produtores de feijão são os de Machico, Calheta, Santa Cruz, Santana, São Vicente e Ponta do Sol. Há dois tipos de feijão que são o feijão verde ou "vaginha" e o feijão maduro. O primeiro é semeado nas zonas mais baixas e bem expostas da costa sul, entre Setembro e Dezembro e colhido entre Dezembro e Abril, sendo esta época de produção temporã e por isso, mais rentável para o agricultor. Nas zonas de média altitude e na costa norte, é plantado entre Fevereiro e Maio e apanhado de Maio a Agosto. Hoje em dia, o feijão verde é cultivado em estufa, obtendo-se produções mais precoces. É colhido com as sementes a meio crescimento. Uma das variedades regionais de "vaginha" de elevada qualidade é o "corno de carneiro". O feijão maduro tem uma sementeira que, ocorre geralmente entre Fevereiro e Maio e a sua colheita é efectuada de Maio a Setembro. É apanhado com as sementes formadas ou maduras, cozendo-se de imediato as vagens inteiras, ou utilizando o feijão seco para confecção de sopas, feijoadas, entre outros pratos. As variedades mais apreciadas de feijão maduro são o "rajado" e o "manteiga". Existe outra espécie semelhante ao feijoeiro que é utilizada na Madeira, a "feijoca". Tem vagens com sementes muito grandes que são usadas na elaboração de pratos da gastronomia regional.
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