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A anona no Faial

por Agricultando, em 18.02.08

Este texto foi publicado no dia 17 de Fevereiro de 2008, na revista "Mais" do Diário de Notícias. A XVIII Exposição Regional da Anona realiza-se nos dias 23 e 24 de Fevereiro na freguesia do Faial (Concelho de Santana). Como é hábito, a esta localidade acorrem largas centenas de produtores de anona e milhares de visitantes residentes e forasteiros. A anoneira tem origem no Equador e no Peru, nos vales dos Andes a altitudes compreendidas entre os 1500 e os 2000 metros, mas encontrou na Madeira, as mesmas condições climatéricas. Foi trazida para a Europa na Época dos Descobrimentos e a sua introdução na Região, aconteceu por volta de 1600, quando madeirenses regressados do Peru, trouxeram sementes desta fruteira. Outra referência documentada de 1897 feita por M. Grabham no "Journal of the Jamaica Agricultural Society", descreve o cultivo da anoneira na Madeira. Actualmente, está plantada por toda a Região, sendo que 80 por cento concentra-se nos concelhos de Santana, Machico, Santa Cruz e Funchal. Encontra condições favoráveis até aos 600 metros na costa sul e aos 280 metros na costa norte. A colheita principia-se em Outubro e estende-se até Junho. A anona é um fruto com uma polpa branca, cremosa e sumarenta, de sabor delicado e de perfume acentuado. A Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural através do melhoramento genético encetado há 23 anos pelo Engenheiro Agrónomo Rui Nunes e seus colaboradores, seleccionou e obteve variedades de grande valor agronómico e comercial, como são a "Madeira", "Mateus I", "Funchal", "Perry Vidal", entre outras. A "Anona da Madeira" está certificada desde Junho de 2000 como Denominação de Origem Protegida (DOP). A detentora deste certificado comunitário é a Agripérola – Cooperativa Agrícola, que se dedica à comercialização de anona nos mercados do continente português e francês, com êxito. A seguir à banana, a "Anona da Madeira" é o fruto que é mais vendido fora da Madeira e o primeiro fora de Portugal.

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publicado às 21:13


O mel de cana da Madeira

por Agricultando, em 04.02.08

Este texto foi publicado no dia 3 de Fevereiro de 2008, na revista "Mais" do Diário de Notícias. Um dos produtos associados ao carnaval madeirense é o mel de cana. As "mal-assadas" e os "sonhos" regados com mel de cana conferem um aroma e sabor típicos desta época. Como é sabido, o mel de cana é um dos derivados da cana-de-açúcar. Segundo as "Ilhas de Zargo" do Pe. Eduardo Clemente Nunes Pereira, a cana sacarina foi introduzida na Madeira em 1425 por ordem do Infante D. Henrique. No século XVI o mel de cana já existia e era um concorrente do açúcar, assumindo-se desde então, como um ingrediente fundamental na doçaria madeirense. Para se obter o mel, a cana-de-açúcar depois de colhida, é triturada, extraindo-se o sumo da cana, conhecido também por "guarapa" ou "garapa". É um produto natural granjeado pela evaporação do sumo da cana, de aspecto líquido com alguma viscosidade, de cor âmbar castanha, com cheiro ímpar e sabor doce, sem aditivos, corantes e conservantes. A Fábrica de Mel de Cana do Ribeiro Seco e o Engenho da Calheta localizados respectivamente nos concelhos do Funchal e da Calheta prevêem produzir mel de cana em Abril. O mel que se encontra à venda neste momento, é da excelente colheita de 2007. Por iniciativa da Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, foram criadas as marcas "Mel de Cana da Madeira", "Bolo de Mel de Cana da Madeira" e "Broas de Mel de Cana da Madeira". O Decreto Legislativo Regional 20/2006/M de 12 de Junho de 2006 definiu essas marcas de certificação registadas, os selos de autenticação e estabeleceu as condições da sua utilização. A Madeira como região de turismo deve apostar cada vez mais no consumo deste produto fora de época. Porque não servir por exemplo as "mal-assadas" e os "sonhos" ao longo do ano, como já se faz com o bolo de mel? A restauração e a hotelaria regionais devem continuar a inovar e aproveitar as potencialidades do mel de cana, no sentido de aumentar o seu consumo e assim permitir um maior escoamento.

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