Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Textos sobre Agricultura madeirense no Diário de Notícias da Madeira (1.ª série, quinzenal - de 9.9.2007 a 13.6.2010; 2.ª série, mensal, de 30.1.2011 a 29.1.2017; 3.ª série, mensal de 26.2.2017 a ...)
Este texto foi publicado no dia 23 de Dezembro de 2007, na revista "Mais" do Diário de Notícias. Pelas 13 horas e 45 minutos do dia 24 de Novembro de 1940 era inaugurado o Mercado dos Lavradores, pelo então Presidente da Câmara Municipal do Funchal, Dr. Fernão de Ornelas e pelo Governador do Distrito Autónomo do Funchal, Dr. Branco Camacho. Com uma área coberta de 9.600 m2, foi criado para abastecer uma população de 25.000 habitantes. Nas décadas de 70 e 80 do século passado, o mesmo teve 70.000 a 75.000 clientes. Nos dias de hoje, estima-se que 40.000 pessoas façam as suas compras neste espaço comercial. Para assinalar os seus 67 anos, a Câmara Municipal do Funchal levou a cabo no mês de Dezembro neste local, uma exposição sobre este edifício concebido pelo Arquitecto Edmundo Tavares e que é caracterizado como "Arquitectura do Estado Novo". Ir ao Mercado é comprar as "verduras" e os frutos mais frescos. Nesta altura do ano, encontram-se a vaginha (feijão verde), a semilha (batata) nova, a batata doce, os "espigos" (inflorescências tenras das couves), a couve repolho. Os frutos regionais da estação como a laranja de "umbigo" ou "Baía" cada vez mais rara de encontrar devido à importação maciça, a tangerina com um aroma e um sabor que lembra a "Festa" (Natal para os madeirenses), o limão, a anona, o abacate, a goiaba, o mango, os pêros "Domingos", "Ponta do Pargo" e "Calhau" e as maçãs "Reineta", "Cara de Dama" e "Barral". Estes últimos frutos são colocados nas "lapinhas" e nas "lapinhas de escadinha". Os "Sapatinhos" e as "Manhãs de Páscoa" são as flores eleitas nesta época, para que as nossas casas estejam mais coloridas. Apesar da concorrência dos supermercados, ir ao Mercado dos Lavradores é garantido, que terá um atendimento personalizado e de grande qualidade, seja na compra dos produtos agrícolas, do peixe ou da carne.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.