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Os Mercados dos Agricultores

por Agricultando, em 21.03.10

Este texto foi publicado no dia 21 de Março de 2010, na revista "Mais" do Diário de Notícias. Criados entre 31 de Maio de 2004 e 12 de Fevereiro de 2006, os Mercados dos Agricultores de Santana, Prazeres, Canhas e Gaula, resultaram de uma iniciativa levada a cabo pela Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais (SRARN) através da Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural. Os primeiros três mercados estão instalados nos Mercados Abastecedores Agrícolas de Santana, Prazeres e Canhas. Além destas infra-estruturas de apoio ao comércio agro-alimentar regional, existem mais três localizadas nos concelhos da Ponta do Sol (freguesia da Ponta do Sol), Porto Moniz (Santa) e Funchal (São Martinho), sendo que este último é um mercado grossista de hortofrutícolas. Quanto ao Mercado dos Agricultores de Gaula, o mesmo funciona no Centro Cívico daquela localidade, tendo nascido de uma parceria entre a SRARN, a Casa do Povo e o Município de Santa Cruz. A rede "Mercado dos Agricultores" composta por Santana, Prazeres, Canhas e Gaula, consiste na venda directa de hortofrutícolas e flores de produção local, do pão "de casa", da doçaria tradicional, do mel, dos "doces" (compotas) caseiros, das ervas aromáticas, entre outros, cujo valor médio de vendas anual remonta a 300.000 euros aproximadamente. São cerca de 40 agricultores distribuídos por aqueles espaços de comercialização, que todos os domingos ao longo do ano, das 10h00 às 18h00, colocam as suas produções directamente ao consumidor final. Constata-se que a maioria dos clientes dos Mercados dos Agricultores, aproveitam o seu passeio dominical, para fazer as compras da semana. Aliás, o ponto forte destes mercados, é a fidelização do consumidor, uma vez que ali encontra produtos agrícolas regionais de elevada qualidade e frescura, a preços compensadores. Resumindo, é a agricultura madeirense e a população da Região que ficam a ganhar. E porque hoje é o primeiro dia da Primavera, tem lugar nos Mercados dos Agricultores de Santana, Prazeres e Canhas, o arranque de uma acção denominada "Sorteio de Cabazes de Primavera", que decorre até 30 de Maio. Os sorteios dos 12 cabazes de Primavera irão ocorrer a 25 de Abril e 30 de Maio, sendo atribuídos quatro cabazes por mercado, dois por cada sorteio. Esta actividade foi realizada pela primeira vez no Natal de 2009 com muito sucesso, tendo havido uma grande adesão dos agricultores que ofereceram os produtos para a composição dos cabazes e igualmente dos clientes que adquiriram mais, pois em função dessas compras, eram atribuídos cupões que os habilitavam àqueles prémios aliciantes. Amigo leitor, se não conhece os Mercados dos Agricultores, desfrute do seu passeio de domingo pelo campo e visite-os, seguindo a sinalética na estrada, de preferência de manhã, já que a maior parte das compras tem lugar entre as 10h00 e as 14h00.

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Verde esperança agrícola

por Agricultando, em 07.03.10

Este texto foi publicado no dia 7 de Março de 2010, na revista "Mais" do Diário de Notícias. Num momento doloroso desta Região, após o trágico temporal de 20 de Fevereiro de 2010, é importante abordar a vertente agrícola e as consequências nefastas resultantes de um inverno "à antiga", que tem ocorrido desde Dezembro de 2009 até ao presente. A chuva e o vento intensos têm prejudicado muitas culturas, quer ao ar livre, quer em estufa. As hortícolas e as fruteiras precisam de água, mas também de um determinado número de horas de sol e temperatura constantes, para que se complete o ciclo cultural. Além disso, a acção nociva do vento nas plantas (em especial nas bananeiras) e nas estufas provocou enormes danos que impedem que se tire proveito das mesmas. Os poios (regionalismo para designar os socalcos) que estão saturados de água, desmoronaram-se, originando deslizamentos de terras e destruição de paredes de pedra aparelhada construídas ao longo de gerações. Contudo, é necessário ter esperança num futuro agrícola melhor, que se deseja o mais breve possível. No pós 20 de Fevereiro, apesar da escassez de hortofrutícolas regionais devido ao inverno rigoroso, verificou-se uma resposta solidária de alguns agricultores madeirenses que ofereceram produtos agrícolas a instituições de solidariedade social, para acudir às necessidades alimentares de pessoas que perderam as suas casas e terrenos agrícolas. Por outro lado, é essencial que essa ajuda funcione ao contrário, ou seja, é nosso dever, como consumidores, comprar as verduras e frutas locais, pois assim estaremos a ajudar a nossa economia rural. Se houve algum produto que aumentou de preço, em vez de se comprar um quilo, compra-se menos, mas adquire-se o que é regional. Ao fazê-lo, caro leitor, contribui para a sobrevivência da Agricultura madeirense, que atravessa um período muito difícil. Sublinhe-se também, que a Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, através da Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DRADR), está a receber dos agricultores, as declarações dos prejuízos que estes tiveram. Estão previstos apoios comunitários na ordem dos 85 por cento a fundo perdido para a reposição das explorações agrícolas. Porém, a recuperação efectiva levará largos meses. Na segunda-feira a seguir àquele sábado fatídico, o Mercado Abastecedor de São Martinho, recebeu os recheios dos "Pingo Doce" do Dolce Vita e do Anadia Shopping, que ficaram soterrados, mas que após a lavagem da lama, eram aproveitáveis. Ali, teve lugar um meritório trabalho levado a cabo pela Associação de Desenvolvimento Comunitário do Funchal e coordenado pelo seu Presidente, Arquitecto Paisagista Ricardo Silva e a sua equipa de colaboradores, coadjuvada por mais de cinco centenas de voluntários de diferentes idades e profissões, bem como pelos funcionários daquele Mercado e de outros serviços da DRADR. Foi impressionante o espírito de união abnegado de todos com o objectivo de constituir cabazes de produtos para os mais carenciados. O Mercado Abastecedor de São Martinho é um mercado grossista de hortofrutícolas, mas naquele período desempenhou um notável papel social, como centro de distribuição de alimentos às famílias mais afectadas pela tempestade de 20 de Fevereiro de 2010. A todos, um bem-haja!

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publicado às 17:28


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