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"Castanea - uma dádiva dos deuses"

por Agricultando, em 26.10.08

Este texto foi publicado no dia 26 de Outubro de 2008, na revista "Mais" do Diário de Notícias. O título de hoje pertence ao livro do Dr. Jorge Joaquim Lage, incansável defensor da "magia e mais valia da castanha", ilustre transmontano, nascido em Mirandela há 60 anos, licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, jornalista, investigador, conferencista e assessor do Ministério da Educação. Na segunda quinzena de Setembro, passei parte das minhas férias no Norte Alentejano, mais concretamente em Marvão. Esta vila lindíssima está situada no topo da Serra do Sapoio, a cerca de 900 metros de altitude e parte da zona envolvente é povoada por soutos. Foi no posto de turismo desta localidade, que descobri esta obra com o título acima mencionado e que despertou a minha curiosidade. Esta publicação de autor de 325 páginas, com uma tiragem de 2100 exemplares, já vai na segunda edição e foi lançada em Outubro de 2006. Ao folhearmos a mesma, verificámos que está dividida em duas partes que se complementam: "O Castanheiro e a Castanha" e "A Castanha na Gastronomia". A primeira versa sobre aspectos históricos, biológicos, agronómicos, comerciais e culturais sobre esta fruteira e este fruto singular, enquanto que a segunda aborda as inúmeras receitas que contemplam a castanha, como ingrediente principal, em entradas, sopas, peixes, carnes, compotas, pudins, doces e licores. Esta espécie é conhecida, por viver durante séculos, podendo chegar aos 1000 anos. Neste livro, o Dr. Jorge Joaquim Lage menciona os "Castanheiros Monumentais", que existem um pouco por todo o país. Como curiosidade, aí é referido que em tempos idos, existiu nas zonas altas da freguesia do Campanário, concelho da Ribeira Brava, um castanheiro gigante, cujo tronco era utilizado como abrigo, e dele se dizia a seguinte quadra: “Oh! Que lindas castanhas/ Que este castanheiro não tem/ Debaixo ninguém lhe chega/ Acima não vai ninguém”. A escassos dias da 25.ª Festa da Castanha, que se realiza no próximo dia 1 de Novembro, na pitoresca freguesia do Curral das Freiras, concelho de Câmara de Lobos, é da mais elementar justiça, fazer referência neste "agricultando" a este evento que, é o principal cartaz da castanha madeirense. Segundo a obra do Dr. Jorge Joaquim Lage, a Festa da Castanha, organizada pela Casa do Povo do Curral das Freiras, a par com a Festa do Castanheiro/Feira da Castanha de Marvão, são os dois certames mais antigos do nosso país e que apresentam “(...) mais animação e mobilização de turistas e forasteiros em Portugal”.

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publicado às 19:01


1.000 visitas!

por Agricultando, em 16.10.08

Um ano e dois dias depois da criação deste blogue, o "agricultando" atingiu a marca significativa de 1.000 visitas. Muito obrigado a todos! Este espaço está ao serviço da Agricultura madeirense e da Agricultura no conceito mais global! Muito obrigado também, pelos vossos comentários, sugestões e sobretudo pelas palavras de incentivo!

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publicado às 18:51


O Funchal rural

por Agricultando, em 12.10.08

Este texto foi publicado no dia 12 de Outubro de 2008, na revista "Mais" do Diário de Notícias. No ano em que o Funchal celebra os 500 anos como cidade, é importante falar sobre a urbe rural. À partida, parece uma expressão contraditória, porém, se se observar com atenção para o nosso magnífico anfiteatro, constata-se que em cada canto e recanto, existe ainda uma ruralidade. Essa ruralidade não deve ser vista como algo retrógrado, bem pelo contrário, é um dos elementos fundamentais da nossa singular paisagem e um autêntico cartaz turístico. Basta olhar para as casas e os jardins e, as fazendas, onde além das flores, se vislumbram hortas, bananeiras e pomares. É certo que a tendência destes terrenos agrícolas é desaparecerem, em detrimento da expansão citadina. A maioria das freguesias do concelho apresenta-se agricultada, com evidentes benefícios económicos, sociais e culturais para os funchalenses proprietários desses terrenos e não só. O prazer terapêutico de colher o que se plantou, o "mosaico" de verdes fantástico que proporciona ao residente e ao visitante vistas deslumbrantes e, atendendo ao declive, as cruciais infiltração e retenção das águas pluviais, são aspectos a ter em conta e que merecem uma reflexão de todos nós. Em Portugal, um dos principais defensores da agricultura urbana em geral e das hortas urbanas em particular, é Gonçalo Ribeiro Telles. Arquitecto Paisagista de 81 anos, natural de Lisboa, mas com raízes ribatejanas, outrora Secretário de Estado, Ministro, Vereador e Deputado, foi o autor da principal legislação ambiental do país. É Professor Catedrático Jubilado da Universidade de Évora e tem sido um incansável apoiante da agricultura no meio urbano, como parte integrante do novo conceito de cidade. Segundo este ilustre ambientalista, actualmente não faz sentido a existência de espaços urbanos e rurais separados. A interligação entre os dois é desejável, por forma que haja uma incorporação entre os sistemas edificado (edifícios e arruamentos) e natural (agricultura e floresta). A Câmara Municipal do Funchal atenta à relevância da agricultura no meio urbano, criou em 2005 no Jardim Público da Ajuda, freguesia de São Martinho, um conjunto de sete hortas que despertou grande procura por parte da população local. Além da variedade e excelente qualidade dos produtos agrícolas aí obtidos, estes lugares têm proporcionado um salutar convívio entre os utilizadores dos talhões. Posteriormente, a autarquia expandiu as hortas urbanas na Azinhaga da Nazaré, sítio pertencente à freguesia atrás mencionada, com mais de duas dúzias de pequenas explorações agrícolas, que contaram com uma grande adesão na fase de inscrições e são mais um caso de sucesso.

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publicado às 19:46


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